Manhã escura, não pela chuva, mas pela massa quase viva de poluição que cobria São Paulo. O que por um lado antiecológico, e não muito saudável, dá certo charme a cidade.
A multidão das ruas traz, além de certa fobia, conforto. Pois o grande número de pessoas diferentes (estranhas) dá a nítida sensação de normalidade.
A massa viva de poluição, na verdade, escondia uma chuva das boas. Dessas que limpa o céu, e podem imaginar a proporção da chuva pra limpar o céu de São Paulo.
Em meio à chuva, as vidas continuam, e as ruas ainda lotadas. Tantos encontros e desencontros, em meio a batedores de carteira.
Uma despedida se destaca. Mas que vida não merece destaque? Essa é uma escolha que cabe a mim, neste momento. Logo, essa despedida se destaca.
As personagens: Mulheres. Duas. Lindas. Doces.
Uma não era daqui, mas aqui morava por opção. Outra era daqui, mas aqui deixava de morar, por opção.
As semelhanças? A amizade e a doçura feminina, sem contar as personalidades, fortes. Duas fotógrafas!
Era a despedida da amiga, de São Paulo, da vida por ali. O destino: Buenos Aires.
Outra semelhança era o gosto por chá e bolinhos. E que despedida melhor, se não com chá e bolinhos?!
Lipcia não é daqui, mas é quem fica. Mary é daqui, mas é quem vai.
Lipcia: - Na minha casa ou na sua?
Mary: - De preferência na sua, quem vai embora sou eu e não quero bagunça.
Parada na padaria pra comprar bolinhos e bolachas, além de outros quitutes pra enfeitar mesa.
4:47 da tarde. Água fervendo, apartamento cheirando limpinho (detalhe pra sujeira embaixo do tapete), e na janela a chuvosa batendo.
As fofuras na cozinha, o chá tava pronto, um minuto de silêncio. A hora da despedida chegando...
Uma coisa faltava. Mary filha de espanhóis, Lipcia Boliviana. Uma ultima conversa em uma língua mais caliente, pra rebater a chuva?!
Hablaram la noche toda!
Comeram bolinhos e tomaram seu chá ouvindo o barulho da chuva, que delícia.
Enfim, o fim. O adeus sempre chega.
Um abraço, uma fotografia, quase um filme. No mínimo uma história, um roteiro.
– Gracias Mary, por todo.
– Cala tu boca Lipcia. Amo te.
Tchau!
André M.
(Para Lip)
12 comentários:
Ficou bem bonita a historia!
=]
Muito Boa historia,até pareci eu e minha amiga ...
Ela vai pra São Paulo eu ficarei aqui em Curitiba ...
E o fim e sempre igual
Eu te amo bobona hsaushaushauhsua
Bjão.
Adorei o texto!!!
é real a história? Ou vc quem criou?
Muito bom!!
É baseada em fatos venéricos. E logo será um filme premiado pelo mundo todo. haha
Penélope Cruz como Lipcia e Eva Green como Mary.
Coming soon
adoro contos baseados em realidades casuais 1/4 de sensações cotidianas e mais uma pitada de sal pra tequila ficar caliente!
besos, guapo
That's beautiful, even in translation. :)
Thanks for visiting my blog! I love meeting people from all over. And yeah...I love my pic with Julianne. That was after the second time I saw The Vertical Hour last year (I saw it 10 times altogether.)
Oh, I'm Beth. And I live in New York City. :)
It's ok. Your English is definitely better than my Portugese. :) I know a little French and Italian, but Portugese wasn't offered in my schools.
I love movies. I don't think I've seen much Brazilian stuff, but I'll definitely put some on my list. What are some good movies?
I'm also totally addicted to theatre! :) Luckily I live in NYC and can get it any time...almost.
I teach special education ~ children with mental retardation. They're little ~ 6 and 8 years old.
Hey!! How's it going? It's been a pretty good week overall... Saw Julianne at a book reading on Tuesday, which was awesome! :) Now I'm ready for a nice, relaxing weekend!
Hope you're well!!
pudera eu estar nessa são paulo linda, tomando chá com bolinhos em uma tarde chuvosa
:/
despedida é sempre ruim,
mas ao menos essa
resultou em uma linda história.
nesses encontros,reencontros e desencontros da vida
elas ainda vão se esbarrar por aí.
flores e um sorriso
:)
são paulo é linda, ainda mais com chuva.
ah, boa sorte com o filme! uysagyuas
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